Disciplina: Teoria da Administração 1
Orientador: Vaner José do Prado
AS
TEORIAS ADMINISTRATIVAS, SEU DESENVOLVIMENTO E SUAS QUESTÕES ÉTICAS
O Movimento Clássico da Administração teve como
principais representantes Frederick Taylor, Henry Ford os quais tinham como
principal objetivo aumentar a produtividade das organizações por meio de
métodos que fizessem com que os operários fossem mais eficientes, produzindo
mais em menos tempo, por meio da divisão do trabalho, padrões de produção e
processos perfeitos, com enfoque na estrutura que a organização deve ter para
ser eficiente. Com isso, essa teoria limitou-se a observar o home apenas como
uma conseqüência da organização, ou seja, o homem como um ser racional que
trabalha por obrigação, apenas para satisfazer suas necessidades econômicas,
sendo motivado meramente por recompensas salariais e materiais, um homem que
não mede esforços para aumentar sua capacidade de produção a fim de obter estas
recompensas.
Se antes a ênfase era para a estrutura e tarefas,
agora o enfoque eram as pessoas. A máquina, o método de trabalho e a
organização formal dão lugar os aspectos sociológicos e psíquicos. A abordagem
Humanista representada pelos teóricos transitivos, ERH e Behaviorismo, pode-se
destacar Mary Parker Follett, Chester Barnard, Elton Mayo. O Behaviorismo que
trazia a psicologia comportamental para as organizações, na busca por entender
o comportamento humano dentro do ambiente de trabalho e a Escola de Relações
Humanas que buscou tratar o homem como um ser mais complexo com necessidades
sociais e afetivas, diferente do que era visto pelos clássicos. Essa teoria
trouxe o conceito de “homem social”, em que o homem não poderia ser visto
apenas como um ser reduzido a esquemas simples e mecânicos, a preocupação com o
trabalhador, aquelas “máquinas vitais”. O homem é condicionado pelo meio social
e pelas demandas biológicas além de possuir necessidades de afeto, segurança,
participação, prestígio e auto-realização, ou seja, o homem social pode ser
motivado com recompensas sociais e simbólicas.
A Teoria Estruturalista inspirou a teoria da
Burocracia que devido à fragilidade e parcialidade das teorias clássicas e das
relações humanas, buscou fazer uma abordagem global da organização baseando-se
principalmente em normas e regulamentos que direcionam como a organização deve
funcionar, a fim de obter máxima eficiência da mesma. Mas se tornou frágil e
parcial, pois teve um apego exagerado as regras e regulamentos, esquecendo-se
que uma organização deve ser flexível. O Estruturalismo com a necessidade de
visualizar a organização como uma unidade social complexa, tendo como uma das
idéias centrais o homem organizacional, diferente de todos que já foram
observados anteriormente. Este conceito focaliza o homem como aquele que
desempenha papéis em diferentes organizações, podendo ser no ambiente de
trabalho ou não, capaz de transitar por entre as mesmas sendo tolerante,
cooperativo e flexível.
Subseqüente
a Teoria Estruturalista, vem a Teoria Geral de Sistemas que trouxe a visão de
que a organização deve ser vista como um todo e não como a soma das partes, com
o conceito de que a organização são sistemas de partes interdependentes com a
finalidade de atingir seus objetivos. Com esta teoria veio o conceito de homem
funcional, pois sendo a organização um sistema aberto, o homem desempenha seu
papel na organização interagindo com os outros indivíduos como um sistema
aberto.
A teoria neoclássica das organizações desenvolveu-se
como uma reação às suposições estruturais e mecanicistas da teoria clássica da
organização. Seu foco está nos aspectos humanos da organização: grupo informal,
os padrões individuais de interação e a dinâmica da organização informal. Dando
ênfase na prática da Administração, reafirmação relativa das proposições
clássicas, nos princípios gerais de gestão, nos objetivos e resultados. A abordagem neoclássica nada mais é do que a
redenção da Teoria Clássica devidamente atualizada e redimensionada aos
problemas administrativos atuais e ao tamanho das organizações de hoje.
Todas
as teorias administrativas assentaram-se na Teoria Clássica, seja, como ponto
de partida, seja como crítica para tentar uma posição diferente, mas a ela
relacionada intimamente e evoluíram como respostas ao desenvolvimento das organizações
e da economia industrial.